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Ginetiada Basto Aberto

     A gineteada é um esporte antigo, onde o ginete (homem que monta o cavalo) deve montar no lombo de um cavalo aporreado e ficar o maior tempo possível ou até soar a campana (sino, sinal). Hoje, a ginetiada é bastante praticada em rodeios no Brasil (região sul), Uruguai e Argentina. 

     O cavalo aporreado é um cavalo xucro ou mal domado, que não admite montaria. Durante a prova, o ginete deve ter muita habilidade, força e equilíbrio para conseguir ficar em cima do animal. Quanto mais o cavalo corcovear, mais bonita sai a ginetiada.

     A espora utilizada pelos ginetes para ginetiar possui um papagaio longo (aproximadamente 10 a 15 cm) e rosetas com pontas arredondadas, de no minímo 8 dentes.

     A campana é soada antes de iniciar a ginetiada, quando o capataz de campo faz um sinal ao campanero, como forma de "liberar" a ginetiada, e quando o ginete atinge 8 segundos de montaria. 

     Dentre as modalidades de ginetiadas temos a do "pêlo", "gurupa'", "basto aberto" e "basto oriental". 

 

Modalidade Pêlo

  

     A modalidade de pêlo é a mais antiga, praticada pelos índios durante a doma de cavalos, no Brasil, Argentina e Uruguai. Os homens montavam os potros, aguarrando-se às crinas com uma mão e na outra segunrando uma soga ou um rebenque, o qual usavam para se equilibrar ou para florear. Hoje não é muito diferente, entretanto os ginetes podem montar de duas maneiras: a monta em pelo “encrinada” e a monta de rédia. Na monta "encrina", o ginete passa um tento ( fio de couro, estreito e sovado) no pescoço do animal, na altura do peito até na cernelha (fim da crina) e o encrina (amarra junto as crinas) junto com sua mão.  Sendo assim, a mão do ginete acompanha o pescoço do animal e a força feita por ele é maior. Já na monta em pelo com rédia, o tento ou rédia é passado apenas pelo pescoço, sem ser atado às crinas, e é levado diretamente à mão do ginete. Como o ginete não está "amarrado" às crinas, ele não tem tanta segurança e o movimento de lombo do animal acaba exigindo muito mais equilíbrio do indivíduo.
     Atualmente vê-se essa modalidade em quase todos os rodeios crioulos. Para julgar uma ginetiada, o avaliador deve ter um olhar crítico. Na modalidade de pêlo são avaliados equilíbrio, manutenção da espora na posição inicial, se o cavalo tem força para corcovear, se ele corcoveia em linha reta ou se consegue dar voltas, o tamanho do corcoveado etc. .

Ginetiada
Ginetiada

Modalidade Gurupa

 

Nesta modalidade o aporreado é montado de "boca atada", ou seja, é amarrado à boca do animal um bocal  e rédia, a qual o ginete segura. Além disso, utiliza-se um arreio (gurupa), com 30 cm de largura,  atado ao sovaco do aporreado com travessão e barrigueira. e ficando fixo à cernelha. Este arreio é feito de arame e esponja. Na ginetiada de gurupa, as esporas tem aproximadamente 4 cm de papagaio e a roseta com no minino 5 pontas. O tempo de campana nesta modalidade pe de 12 segundos. 

Modalidade Basto Aberto

 

No Basto Aberto também se monta de bocal e rédia. Utiliza-se apenas o basto argentino (quatro cabeças), sem pelego nem xergão e um estribo característico em forma de disco, que pode ser de couro ou borracha. Há no centro do estribo um pequeno buraco aonde encaixan-se os dedos do ginete. É essencial o uso de bota garão de potro, para que facilite a retirada do pé do estribo. A espora é a mesma da gurupa (4 cm de papagaio e rosetas de no mínimo 5 dentes). O tempo de campana para o Basto Aberto é 12 segundos.

Gineteada

Modalidade Basto Oriental

 

Esta modalidade é originária do Uruguai. Também se monta de bocal e rédia, entretanto utiliza-se uma ensilha completa e ao invés de relho, utiliza-se o pala. 

Gineteada em pelo (rédia)
Gineteada em pêlo
Gineteada Gurupa
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto Oriental
Gineteada Basto Aberto
Gineteada Basto
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